10.8.07

PLACAR

Quem gosta de esportes, especialmente futebol, dificilmente deixa de folhear a revista PLACAR, que através de suas páginas traz uma verdadeira constelação de estrelas galáticas do mundo futebolístico, e onde desfilam os maiores craques do esporte no mundo e os clubes mais poderosos. Definitivamente a revista faz parte da história e da paixão pelo futebol, respeitada tanto pelos profissionais do futebol quanto pelos milhares de torcedores apaixonados. Afinal, PLACAR é 100% futebol, é a revista que respira o mundo que envolve a bola.
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A história
Tudo começou no final da década de 60 quando a editora Abril, que já estava confortavelmente fixada no mercado das publicações infantis e femininas resolveu criar uma revista específica para falar do esporte mais popular do país. Nesta época, eram poucas, no entanto, as revistas diretamente voltadas para os leitores com a distinção do gênero. Para conquistar de vez aquele leitor masculino, faltava explorar dois assuntos - sexo e futebol. Para falar de sexo a editora lançou a revista Playboy. Em relação ao futebol, grande paixão nacional, resolveu lançar no mercado uma revista especializada no esporte.
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A idéia de uma revista esportiva não era nova. Datava exatamente de 16 de julho de 1950, dia da fatídica final da Copa do Mundo em que o Brasil perdeu para o Uruguai no estádio do Maracanã. Contaminado pela febre daquele mundial, o lendário Victor Civita resolveu que um dia sua então recém-fundada editora lançaria uma revista sobre esportes. Em 1952, chegou-se a fazer o esboço de uma publicação, que levaria o nome PLACAR. Mas a estrutura da editora ainda era pequena, não comportava uma equipe do tamanho que desejavam, e o título foi registrado e engavetado. PLACAR, “a revista semanal esportiva”, só foi às bancas no dia 20 de março de 1970, às vésperas da Copa do Mundo no México, levantando como bandeira a estruturação e modernização do comando do futebol brasileiro.
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Em seu primeiro número, que vendeu quase 200 mil exemplares e trouxe como brinde uma moeda cunhada em latão com a efígie do melhor jogador de todos os tempos, teve a foto do rei Pelé estampada na capa. O motivo era claro: Pelé estava vivendo um momento ímpar de sua carreira, e a revista investia nessa imagem para conquistar o país como um veículo que surgia para ser um expoente em informação sobre futebol. Porém, o principal gancho para o lançamento da revista era a estréia da Loteria Esportiva, que tinha como mote “Aprenda a ficar tão rico quanto Pelé”. A seção mais lida era justamente a de prognósticos dos resultados. Mas não foi só isso. PLACAR destacou-se por seu experiente time, saído das páginas esportivas dos principais jornais do país, e por suas reportagens exclusivas, que perduram até hoje. A revista surgiu no início de uma década atravessada, entre outras coisas, por uma mudança no comportamento do brasileiro.
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Ainda em 1970, a revista inaugurou a entrega da Bola de Prata para os melhores do campeonato brasileiro justamente em uma edição da Taça de Prata. Veja só a seleção do torneio: Picasso (Bahia); Humberto Monteiro (Atlético-MG), Brito (Cruzeiro), Reyes (Flamengo) e Everaldo (Grêmio); Zanata (Flamengo), Dirceu Lopes (Cruzeiro) e Samarone (Fluminense); Vaguinho (Atlético Mineiro), Tostão (Cruzeiro) e Paulo César Caju (Botafogo). Pelé não recebia nota por ser hors-concours e ainda não havia a entrega da Bola de Ouro. Ainda durante os anos 70, a revista foi ganhando o mercado, conquistando leitores e passou a ser a principal referência informativa e futebolística do país. A cobertura do campeonato brasileiro (naquele ano se chamava Torneio Roberto Gomes Pedrosa) foi um ponto alto nessa primeira década de vida da revista. Os anos 90 chegaram repletos de mudanças.
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Em abril de 1995, a revista renovou o foco, formato, slogan e e pela primeira vez em sua história a Placar vendeu assinaturas. “Futebol, sexo e rock'n roll” era o novo slogan da revista, que apostava na tentativa de conquistar um público ainda maior e abranger o maior número de leitores. A primeira edição da nova fase vendeu 237 mil exemplares, um recorde. Mas, a tática aos poucos foi sendo notada como uma frustração e não inovação. Um ano depois a revista fez nova mudança sendo a principal o tamanho, que voltou a ser como antes. Esse padrão foi mantido até meados de 2000, quando a revista completou 30 anos de existência. O slogan é retirado e o foco voltou a ser o futebol brasileiro e mundial.
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PLACAR nasceu semanal, passou a mensal, voltou a semanal, mudou de formato, de conteúdo, de papel, caracterizando-se como uma publicação de resistência e de persistência, que em 2010 completou 40 anos de mercado.
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A linha do tempo
1972
Lançamento, juntamente com o número 131 da revista, de um encarte em papel jornal que trazia o “Tabelão”, conjunto de resultados e fichas técnicas que a própria revista chamava de “O Diário Oficial do futebol brasileiro”. Este encarte trazia ainda as notícias mais “frescas”, com a rodada do fim de semana, enquanto o miolo de revista era composto por matérias menos pontuais, como perfis e reportagens sobre os jogos do meio da semana anterior. O encarte durou até o fim de 1974.
1980
Lançamento da Edição dos Campeões, que trazia reportagens e pôsteres dos campeões estaduais assim que esses campeonatos eram concluídos. A partir de 1989, a edição passou a abordar também o campeão brasileiro e o da Copa do Brasil, assim como títulos importantes conquistados por clubes ou pela Seleção Brasileira no exterior. Em 1995, com o novo projeto gráfico, as reportagens foram abolidas, e a Edição dos Campeões passou a trazer apenas pôsteres. Em 2006, foram incluídos campeões das principais ligas européias.
1984
A revista passou a abrir um espaço muito maior para outros esportes, que não o futebol. A experiência durou de abril a novembro, quando os outros esportes, assim como o slogan "Todos os esportes", saíram da capa, passando a receber menor atenção dentro da revista.
1986
Lançamento da Grid, uma revista dedicada ao automobilismo que continha a retrospectiva da temporada daquele ano.
1988
Lançamento da revista em formato maior, com tamanho maior, menos páginas e papel menos nobre, a chamada fase “Placar Mais”.
2008
Lançamento do Jornal Placar, com distribuição gratuita em dias úteis e 70 mil exemplares de tiragem. Com a primeira edição circulando no dia 10 de novembro, a distribuição se deu em conjunto com a do jornal gratuito Destak. Foram 22 edições e mais de 1.5 milhões de exemplares distribuídos durante um período experimental. Atualmente o 1º jornal esportivo gratuito do Brasil é distribuído em mais de 130 pontos na cidade de São Paulo, toda segunda e sexta-feira, com tiragem de 80.000 exemplares.
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A evolução visual
Há poucos anos atrás o tradicional logotipo da revista PLACAR passou por uma pequena atualização, onde a bola se tornou prateada.
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Os slogans
Muito além das quatro linhas.
Quem ama futebol não vive sem Placar.
Futebol, sexo e Rock & Roll.
(1995)
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Dados corporativos
● Origem: Brasil
● Lançamento: 20 de março de 1970
● Criador: Editora Abril
● Sede mundial:
São Paulo, Brasil
● Proprietário da marca:
Editora Abril S.A.
● Capital aberto:
Não
● Chairman:
Roberto Civita
● Diretor de redação:
Sérgio Xavier Filho
● Faturamento:
Não divulgado
● Lucro: Não divulgado
● Leitores:
1.8 milhões
● Circulação: 95.800
● Presença global: Não (presente somente no Brasil)
● Funcionários:
200
● Segmento:
Comunicação
● Principais produtos:
Jornal e revista esportiva
● Ícones:
O concurso bola de Prata
● Slogan:
Muito além das quatro linhas.
● Website:
www.placar.abril.com.br
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A marca no Brasil
Hoje em dia, a revista PLACAR, com distribuição mensal, possui tiragem próxima a 96.000 exemplares, arrebatando mais de 1.8 milhões de leitores pelo Brasil afora. Com quase 90% de seus leitores pertencentes ao sexo masculino, a revista tem forte penetração na região Sudeste, Nordeste e Sul. Outro ponto forte da marca PLACAR é seu site na Internet, um dos mais visitados no segmento esportivo em língua portuguesa.
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Você sabia?
Grandes nomes do jornalismo esportivo passaram pela revista, entre eles Milton Coelho da Graça, Jairo Régis, Juca Kfouri, Lemyr Martins, João Ratt, Jangada, Maurício Cardoso, Carlos Maranhão, Biriba e Celso Kinjô. Da fase de relançamento, com Juca Kfouri, logo após a conquista do Tetra, em 1994, vieram outros nomes de peso como Leão Serva e Alfredo Ogawa.
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As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Veja e Exame), sites especializados em Marketing e Branding (Mundo do Marketing), e Wikipedia (informações devidamente checadas).
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Última atualização em 24/2/2010

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